sábado, 12 de junho de 2010

Estamos valorizando o amor?



O amor desvirtuado de seu profundo e verdadeiro significado, convive com o homem há milênios. Na Grécia e Roma antigas, por exemplo, já ocorriam entre os poderosos, banquetes regados à bacanais. Em Jerusalem, bem antes de Cristo, já existia a prostituição como forma de renda. E assim por diante...

No entanto, o amor corrompido vem competindo durante todos esses séculos com uma outra forma de amor: o amor romântico, aquele que aposta na conquista pela sensibilidade e honestidade de sentimentos, embora a cultura moderna tenha deformado em parte, a imagem do ideal romântico.

O Dia dos Namorados, portanto, tenta resgatar o romantismo entre seres humanos que se amam, e exaltar o amor como forma de valorização do próprio homem.

Esta data, sobretudo, leva-nos à reflexões sobre o significado do amor em nossas vidas, ou seja, até que ponto estamos dando a devida importância à energia que promove o equilíbrio e a felicidade nas relações humanas? Estamos, suficientemente, valorizando o amor em nossas vidas?

Entre dramas domésticos, tragédias consumadas, declarações apaixonadas, separações e relações (re)assumidas em nome do amor, o Dia dos Namorados representa o "lado bom" do ser humano, pois além de resgatar valores desgastados com a velocidade dos tempos modernos, (re)aproxima pelo vínculo do amor, o indivíduo do outrem.
Em época conturbada no âmbito das relações amorosas, quando os papéis do masculino e do feminino passam por alterações no contexto socio-familiar, o Dia dos Namorados ressurge como um "bálsamo romântico" para que os enamorados de todas as idades repensem a vida a partir da união entre dois seres envolvidos em compromisso de amor.

Dia para refletir a respeito do que motiva as desavenças, os ciumes, os desequilíbrios que tornam muitas pessoas infelizes. Mas também, dia para refletir sobre o que torna outras tantas pessoas equilibradas, felizes e satisfeitas com seus relacionamentos.

Valorizar o amor, a começar pelo namoro, é valorizar a vida. As conquistas de uma vida tornam-se mais valorizadas quando compartilhadas e movidas pela energia da cumplicidade amorosa.

Não deixemos os aprendizados para a próxima vivência na dimensão física. O ser que hoje demonstra estar enamorado de você, pode ser um amor de outra época que retornou para voces trilharem juntos uma nova caminhada.

Caminhada que visa, acima de tudo, o crescimento mútuo, onde o compromisso com o amor assumido é a luz que orienta os seus passos na senda do progresso.

O Dia dos Namorados, portanto, elege a importância do amor diário como fator de evolução tanto material quanto espiritual entre indivíduos que apostam na felicidade possível, as suas expectativas vitais de presente e futuro.

Apesar do avanço tecnológico que elege a máquina como a vedete do tempo presente, o simbolismo da data lembra-nos que não somos robots, mas seres dotados de sensibilidade, emoções e sentimentos. E que a vida no planeta Terra ainda depende das relações humanas fundamentadas no amor.

Para os jovens, o estágio do namoro vincula-os a projetos de vida, expectativas de crescimento, esperança de constituir família, ter filhos, emprego estável... responsabilidades.
Para aqueles nem tão jovens, mas que apesar das diferenças insistem em manter a relação, o dia doze representa a possibilidade de recomeço a partir da ponderação, do diálogo aberto na tentativa de "aparar arestas" e (r)estabelecer o senso de equilíbrio que gera mais amor, um amor amadurecido pelas pequenas ou grandes conquistas mútuas.

Para aqueles que conseguem manter um longo tempo de relacionamento onde a estabilidade e o crescimento superam eventuais crises de relação, a data é lembrada - e comemorada - como uma história de amor que amadureceu com o passar do tempo....

Enfim, o doze de junho, data que comemoramos o Dia dos Namorados, deve ser um dia de reflexão para todos nós, pois refletir sobre a importância do amor em nossas vidas, representa o nível de valorização que damos a si mesmos, ao outrem e ao planeta em que vivenciamos uma intensa relação de amor.


Psicoterapeuta Interdimensional.
por Flávio Bastos

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